Educação e indicação
político-partidária: pontos e contrapontos
A educação é um processo que exige do educador, além do
conhecimento necessário ao desempenho da sua função, inteligência emocional, postura
ética, boas relações interpessoais, proatividade, empatia, compromisso político,
liderança...
Infelizmente, ainda
presenciamos uma educação guiada mais pelo compromisso com a política
partidária do que com a política de governo. Com isto, em vez de avançarmos no
processo de ensino e aprendizagem, retrocedemos. Precisa romper com as amarras que deixam o Brasil em
uma baixa classificação no Programme for
International Student Assessment (PISA), no ranking entre os 65 países da
OCDE, o Brasil (convidado) se encontra no 53º lugar em Leitura e Ciências e no
57º em Matemática.
Dizer que é necessário reestruturar o Ensino Superior, é
fato. Necessária é a oferta de uma educação Básica de qualidade. Mudanças
significativas exigem atitude dos dirigentes. É preciso que os governantes
tenham coragem. Coragem para fazer uma autocrítica e ter a humildade que têm
muito a aprender. Coragem para refletir
muito antes de fazer uma indicação para um cargo de liderança na educação.
Coragem para saber dizer não a quem queira ocupar um cargo sem a necessária
formação e competência para tal. Coragem para dizer basta, quando o “indicado”
não corresponde ao esperado.
Segundo Morin (1981 . p. 15): A política diz respeito a todas
as áreas do conhecimento do homem e da sociedade, mas esses conhecimentos estão
ainda engatinhando e são ao mesmo tempo estanques, enganadores. Mais que ter a
coragem para assumir um cargo é necessário ter o compromisso com o
desenvolvimento da sociedade., de estratégias para agir em condições aleatórias
e adversas que possibilitem o desenvolvimento social, econômico, político e
moral, contínuos.
A história da Educação aponta inúmeras reformas educacionais
que por “N” razões não deram certo. Reformas educacionais importadas de outros
países, também não apresentaram resultados satisfatórios. Isto se deve à
especificidade do Brasil. Por isso precisamos buscar respostas nas raízes dos
problemas para que possamos então, ousar, criar, recriar uma política
educacional que atenda às reais necessidades da sociedade para a qual é planejada.
ailza.amorim@gmail.com
Referências
MORIN, Edgar: Para sair do Século XXI,Rio de Janeiro:Nova
Fronteira, 1986
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