quinta-feira, 22 de março de 2012

Educação e indicação político partidária: pontos e contrapontos


Educação e indicação político-partidária: pontos e contrapontos

A educação é um processo que exige do educador, além do conhecimento necessário ao desempenho da sua função, inteligência emocional, postura ética, boas relações interpessoais, proatividade, empatia, compromisso político, liderança...

Infelizmente, ainda presenciamos uma educação guiada mais pelo compromisso com a política partidária do que com a política de governo. Com isto, em vez de avançarmos no processo de ensino e aprendizagem, retrocedemos. Precisa romper com as amarras que deixam o Brasil em uma baixa classificação no Programme for International Student Assessment (PISA), no ranking entre os 65 países da OCDE, o Brasil (convidado) se encontra no 53º lugar em Leitura e Ciências e no 57º em Matemática.

Dizer que é necessário reestruturar o Ensino Superior, é fato. Necessária é a oferta de uma educação Básica de qualidade. Mudanças significativas exigem atitude dos dirigentes. É preciso que os governantes tenham coragem. Coragem para fazer uma autocrítica e ter a humildade que têm muito a aprender. Coragem para refletir muito antes de fazer uma indicação para um cargo de liderança na educação. Coragem para saber dizer não a quem queira ocupar um cargo sem a necessária formação e competência para tal. Coragem para dizer basta, quando o “indicado” não corresponde ao esperado.

Segundo Morin (1981 . p. 15): A política diz respeito a todas as áreas do conhecimento do homem e da sociedade, mas esses conhecimentos estão ainda engatinhando e são ao mesmo tempo estanques, enganadores. Mais que ter a coragem para assumir um cargo é necessário ter o compromisso com o desenvolvimento da sociedade., de estratégias para agir em condições aleatórias e adversas que possibilitem o desenvolvimento social, econômico, político e moral, contínuos. 

A história da Educação aponta inúmeras reformas educacionais que por “N” razões não deram certo. Reformas educacionais importadas de outros países, também não apresentaram resultados satisfatórios. Isto se deve à especificidade do Brasil. Por isso precisamos buscar respostas nas raízes dos problemas para que possamos então, ousar, criar, recriar uma política educacional que atenda às reais necessidades da sociedade para a qual é planejada.
                                                                                                      ailza.amorim@gmail.com

Referências
MORIN, Edgar: Para sair do Século XXI,Rio de Janeiro:Nova Fronteira, 1986

Nenhum comentário:

Postar um comentário